quinta-feira, 5 de abril de 2012

Nuvem de Praga

"Eu ouço ao longe um ruído vindo do céu noturno, como uma nuvem de praga, as gotas de chuva vêm para justificar e reafirmar minha madrugada de tédio e me aprisionar aqui dentro desse quarto. Mais uma noite em casa, mais uma noite devorando livros antes que as traças o façam, mais uma noite de “nada”, mais conhecimento para minha cabeça, mais café para minhas veias, menos vida para minha sede. Tenho sono, mas tomo mais um comprimido para aliviar o “incômodo”, que já se tornou tão “íntimo” que eu nem mais o noto, talvez posso chamá-lo de “intrínseco”, essencial a mim mesmo. Esta noite ela não veio para me atormentar, a insônia desistiu de me ganhar, logo esta noite que tanto a invoquei, convoquei-a para me acompanhar, mas ela preferiu me abandonar. Mas me mantenho acordado, entre livros desbotados, paginas manchadas, leio filosofias alheias, imaginando se “eles” pensaram tudo aquilo em madrugadas como essa... pensamentos em sua forma poética." (by Mark)

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