segunda-feira, 23 de abril de 2012

Orquídeas


Eu sei que o amor soa como uma eletrocussão
E em seu estômago borboletas dançam
Como se flores colapsassem ao seu redor
E então tudo vira a praga do ano
E em um minuto todos os elos se ligam
E se entrelaçam como cadarços aos seus pés
Que você nunca vai tocá-los, nem amá-los
Como deveria, como você prometeu um dia



Eu sempre quis ir para casa
Mas o jantar nunca ficou pronto para me deixar ir
Meu funeral não pode durar tanto assim
Não dessa vez, apesar de tudo está quieto
Eu escrevi sobre amor em meus braços
E sobre seu envolvimento com qualquer tipo canibalismo moderno
Eu pus até fogo em meu corpo
Pedi álcool e fósforo até queimar o céu
E lá vi corpos de fênix pelo chão
Pintei a dedo, uma a uma, com tinta guache e marca-texto
E logo eu que até acreditei em ressurreição
Logo hoje eu descobri que os Elísios não são para mim...

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